sábado, 7 de março de 2015

Cientista Miguel Nicolelis avança em tratamento para o mal de Parkinson

As pesquisas foram realizadas no Centro de Primatas do Instituto Internacional de Neurociência de Natal Edmond e Lily Safra (IINNELS)

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Uma equipe de cientistas liderada pelo neurologista brasileiro Miguel Nicolelis e pelo pesquisador chileno Romulo Fuentes fez grandes avanços na busca de um possível tratamento para o mal de Parkinson. Os primeiros testes, realizados com saguis, mostraram bons resultados e o conteúdo foi publicado hoje em um artigo na revista científica Neuron.
As pesquisas foram realizadas no Centro de Primatas do Instituto Internacional de Neurociência de Natal Edmond e Lily Safra (IINNELS), na capital do Rio Grande do Norte. O novo tratamento detalhado no artigo é a estimulação epidural de medula espinhal (EEMS).
A nova técnica seria uma opção à estimulação cerebral profunda (ECP). Esse procedimento depende de uma cirurgia que dura algumas horas. Por conta disso, ele não pode ser usado no tratamento de boa parte dos pacientes que sofrem de Parkinson.
Um artigo em 2009, assinado pelos mesmos pesquisadores, já descrevia testes em roedores. De acordo com um comunicado, mais de 50 pacientes com Parkinson já se beneficiaram dos primeiros tratamentos usando o método de EEMS.
Esse é o primeiro estudo que analisa os efeitos do tratamento em seres vivos. O tratamento usa estimulação elétrica em partes do cérebro. Nos testes, todos os animais que serviram como cobaias tiveram ganho motor após o tratamento.
“O nível de melhora variou de animal para animal, mas todos eles demonstraram um alívio significativo no déficit motor”, afirma o pesquisador Romulo Fuentes em um comunicado.
A nova técnica pode, inclusive, ter resultados superiores à anterior. “Os saguis tratados com EEMS demonstraram melhora importante em sintomas motores que normalmente são difíceis de ser revertidos com o método da estimulação cerebral profunda (ECP)”, afirma Nicolelis.
Graças aos primeiros estudos com os saguis, agora os cientistas poderão selecionar os parâmetros de estimulação que podem gerar melhores resultados em pacientes humanos.
Os cientistas ainda ressaltam que o novo método é mais barato e menos invasivo do que os usados anteriormente.


Fonte: Exame

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