sábado, 4 de abril de 2015

Familiares e profissionais de saúde relatam dificuldades na luta contra o autismo

Ato em comemoração ao Dia Mundial do Autismo reuniu familiares e profissionais de saúde Ato em comemoração ao Dia Mundial do Autismo reuniu familiares e profissionais de saúde

Familiares e profissionais que atendem a crianças autistas realizaram ontem, Dia Mundial do Autismo, ato de conscientização sobre a importância do diagnóstico e tratamento da síndrome, além de combater o preconceito contra pessoas autistas. Entre os principais obstáculos enfrentados por quem tem a síndrome do espectro autista, está a dificuldade de inserção nas escolas.
"Meu filho hoje estuda em uma escola particular, mas vejo muitas mães reclamarem de dificuldades para inserir seus filhos autistas nas escolas. É importante frisar que o autista aprende, ele só precisa de mais estímulos, o que exige uma equipe pedagógica dedicada e preparada", conta a assistente social e mãe de um menino autista, Osélia Medeiros.
A assistente social conta que outra dificuldade no tratamento do autismo na cidade é a pouca disponibilidade de profissionais especializados, como fonoaudiólogos e terapeutas ocupacionais. Avó de uma criança autista, Edna Maria Medeiros aponta o preconceito e a falta de informação também são problemas enfrentados por autistas.
"Meu neto começou a falar aos nove meses, mas, a partir de um ano e meio, ele começou a regredir. Nós o levamos ao pediatra e fonoaudiólogo, que nos disseram que não havia nenhum problema físico com ele. Fomos a um neurocirurgião, que nos encaminhou a um psicólogo, quando finalmente o diagnóstico foi fechado em autismo", afirma Edna Maria.
A terapeuta ocupacional Ulânova Xavier explica que o autismo ainda é uma síndrome pouco conhecida. Ela explica que as principais características do autismo são a dificuldade de comunicação e interação. Assim como em outras síndromes, quanto mais rápido o diagnóstico, melhor será o desenvolvimento da pessoa com autismo.
"Estima-se que haja dois milhões de autistas no Brasil e, ao todo, 70 milhões no mundo. Entretanto, mesmo com esse grande número de pessoas com a síndrome, ela ainda não é muito conhecida. É importante que pais, profissionais de saúde e de educação estejam atentos aos sintomas e não deixem de buscar o diagnóstico o quanto antes", explica.

O Mossoroense

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