sexta-feira, 21 de setembro de 2007

QUASE 6 MILHÕES SAÍRAM DA MISÉRIA EM 2006

Cerca de 6 milhões de pessoas deixaram a linha da miséria no Brasil no ano passado, segundo pesquisa da Fundação Getúlio Vargas (FGV), que teve como base a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad), divulgada pelo IBGE na semana passada. Segundo o levantamento da FGV, a queda de 15,2% da miséria em 2006, em relação ao ano anterior, é o melhor resultado apurado desde o início da série da Pnad, em 1992. Intitulado “Miséria, Desigualdade e Políticas de Renda: o Real do Lula”, o estudo afirma que, em 2006, havia no país 36.153.687 pessoas classificadas como miseráveis, o que equivale a 5,87 milhões a menos que em 2005, quando foram registradas 42.033.587 com renda per capita abaixo de R$ 125 mensais. Nos últimos três anos (2004, 2005 e 2006), a redução acumulada da pobreza foi de cerca de 36%.

Segundo a avaliação do coordenador do Centro de Políticas Sociais do Instituto Brasileiro de Economia – órgão da FGV -, Marcelo Néri, a análise dos dados do Pnad indica que a redução de cerca de 15% da pobreza, em 2006, é o maior resultado dos últimos dez anos e mostram um crescimento da renda domiciliar per capita de 9,16%, “um resultado mais próximo a um crescimento chinês”. “Os números de 2006 não só dão seqüência às conquistas observadas desde a piora da pobreza com a recessão de 2003, como também constitui o melhor ano isolado da série histórica da nova Pnad”, afirmou Néri. O pesquisador destacou o papel do programa Bolsa Família na redução da pobreza, dizendo que ele tem efeitos superiores ao do aumento do salário mínimo. Segundo Néri, cada real do Bolsa Família tem duas vezes mais chances de chegar no pobre do que o reajuste do salário mínimo.

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