sábado, 29 de dezembro de 2007

Sucessão municipal em Apodi

Leio no blog do sempre bem informado jornalista Carlos Santos,matéria sobre a sucessão municipal de Apodi

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Quadro é o mais confuso de todos os tempos com adesão de Pinheiro à Wilma

O município de Apodi, no Médio Oeste do RN, com 25.630 eleitores registrados, é uma enorme interrogação. Depois que o prefeito (terceira gestão) e médico José Pinheiro (PR) saltou do PMDB para a nova legenda, é difícil formar fileiras claras que definam o que é governismo e oposição.

A política apodiense é uma das mais radicais do RN e há décadas separa famílias, desfaz amizades e distancia "bacuraus" de "bicudos". É uma herança dos tempos de extremos entre os já falecidos líderes políticos estaduais, Aluízio Alves e Dinarte Mariz, ex-governadores.

A atual conjuntura coloca nomes, partidos e lideranças estaduais num enorme caldeirão. A miscelânea desequilibra essa tradição bipartidária e bipolar, que confunde até mesmo seus principais atores. Quem é quem? Eis a questão.

No governismo, o prefeito José Pinheiro é rompido com a vice-prefeita Gorete Pinto (PMDB). O comentário nos bastidores é de que o secretário de Obras, Célio Martins (PR), seria a opção de Pinheiro à prefeitura.

Mas a médica Solange Noronha (PR), que ajudou na costura que atraiu o prefeito para o partido e à aliança com a governadora Wilma de Faria (PSB), quer ser ungida. O que não parece fácil.

Já a própria Gorete aposta no desgaste político do prefeito, a partir da radical alteração partidária e de tendência, para sensibilizar o eleitor. Os senadores Garibaldi Filho (PMDB), Rosalba Ciarlini (DEM) e José Agripino (DEM) seriam um suporte externo e influente, para sedimentar sua postulação.

O DEM do senador José Agripino, que durante anos rivalizava com o PMDB, vive uma entressafra de nomes e votos. Sustenta-se apenas com um vereador na Câmara Municipal, Aurindo Gurgel (DEM). É mero coadjuvante em todo o processo.




Chapa com Gorete e Vandinho é vista como forte


O ex-prefeito Evandro Marinho, "Vandinho" (PRB), que concorreu e perdeu as eleições em 2004 para Pinheiro, apesar de também integrar o grupo da governadora, não se bica com o novo "companheiro."

Costuma dizer em círculo de amigos e aliados, que se for para chegar à prefeitura com o apoio do médico, recusa tal ajuda. Nem Pinheiro estaria interessado em tamanho sacrifício por ele.

Vandinho tem partido à mão para marchar numa raia particular. Com ou sem Wilma ou Pinheiro.

Para engrossar a arenga, Vandinho aguarda resultado de ação judicial em que José Pinheiro é acusado de uso irregular da estrutura pública, na eleição municipal. Ele sonha em ejetar o adversário do cargo antes do fim do mandato.

O vice na chapa de Vandinho em 2004, o também ex-prefeito Simão Neto (PSB), corre por fora. Entretanto não é provável que consiga prevalecer em candidatura numa faixa própria, ainda mais com o PSB de Wilma. A governadora - em tese - apoiará o candidato a ser apontado por José Pinheiro.

Em Apodi, não é difícil encontrar em meio às confrarias onde o assunto em pauta é a política, quem preveja como "imbatível" uma chapa com Gorete Pinto e Vandinho. Difícil é saber quem cederia a cabeça de chapa ao outro.

O empresário Dalton Filho, irmão da procuradora Geral do Estado, Tatiana Cunha, é outro nome que se movimenta rumo à prefeitura e goza de prestígio social. A princípio seria um "azarão". Como pré-candidato a prefeito tem uma cotação modestíssima no momento.


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