terça-feira, 18 de novembro de 2008

Adeus reformas

Tudo leva a crer que as reformas política e tributária, este ano, não serão aprovadas no Congresso. Pode ser que no primeiro semestre de 2009 registre-se razoável movimentação parlamentar, mas garantia de mudanças estruturais nos dois setores, só por milagre.

No caso da reforma política, porque não haverá um deputado ou senador disposto a votar projetos capazes de prejudicá-los na tentativa de reeleger-se em 2010. Fidelidade partidária, limitação do número de partidos, financiamento público das campanhas, votação em listas partidárias - essas e outras alterações poderão reunir adeptos, mas jamais em número suficiente para serem aprovadas.

Quanto à reforma tributária, até que poderia avançar um pouco, mas, diante da crise econômica mundial, foi para a geladeira. Ninguém quer perder receita ou receber mais encargos, ainda que todos pretendam que os outros percam ou recebam. Nem a União, nem os estados, nem os municípios. Muito menos o empresariado, a classe média e os trabalhadores. Acima e além dos partidos, as bancadas parlamentares se dividirão em grupos senão capazes de impor suas necessidades, ao menos em condições de impedir que os adversários o façam.

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