terça-feira, 2 de junho de 2009

O celibato na Igreja Católica começou 1073 anos depois de Cristo

Nesses tempos em que muito se discute o celibato entre os padres. Leiam alguns trechos do artigo do escritor Tomás Eloy Martinez, publicado no jornal La Nacion de 09/05/2009 e deixem aqui os seus comentários.

1. A maioria dos católicos ignora que aos sacerdotes e bispos não era proibido o matrimônio durante os primeiros dez séculos da vida cristã. Além de São Pedro, outros seis papas viveram em matrimônio. Até o Concilio de Elvira, que o proibiu no ano 306, um sacerdote podia inclusive dormir com sua esposa na noite anterior a celebrar a missa. Isso começou a mudar dezenove anos mais tarde, quando o Concilio de Nicea estabeleceu que, uma vez ordenados, os sacerdotes não podiam mais casar-se.

2. Em 1073, Gregorio VII impôs o celibato. Definiu-se que o matrimônio dos sacerdotes era herético, porque os distraía do serviço ao Senhor e contrariava o exemplo de Cristo. Dezenas de historiadores supõem que a decisão de impor o celibato foi também um meio para evitar que os bens dos bispos e sacerdotes casados fossem herdados por seus filhos e viúvas em vez de beneficiar à Igreja. Em 1123 o Concilio de Letrán decretou a invalidade do matrimônio dos clérigos e, dezesseis anos mais tarde, o segundo Concilio de Letrán confirmou.

3. Quando o Concilio de Trento fixou a excelência do celibato sobre o matrimônio, fez doutrina das palavras com que São Gregorio Magno havia condenado o desejo sexual durante seu papado, no século VI. Só a Igreja Oriental adjunta a Roma, admite sacerdotes casados, mas deve haver contraído matrimônio antes da ordenação e nunca chegarão a bispos.
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