Haddad pede suspensão de greve dos técnicos das universidades federais
O ministro da Educação, Fernando Haddad, pediu ontem em audiência pública na Câmara dos Deputados que os técnicos-administrativos das universidades federais suspendam a greve para que as negociações sejam retomadas.
A paralisação teve início na semana passada e conta com a adesão de servidores de 37 instituições, segundo a Federação dos Sindicatos dos Trabalhadores das Universidades Brasileiras (Fasubra).
Segundo o ministro, na véspera da reunião em que a greve foi deflagrada, ele se comprometeu com os sindicatos a pactuar com o Ministério do Planejamento um cronograma de negociações. Mesmo com a sinalização do Ministério da Educação (MEC) a categoria decidiu pela greve em uma votação apertada com diferença de apenas dois votos a favor da paralisação.
“Essa greve não está sendo boa nem para a categoria, nem para o governo. Estou reiterando os termos da carta que foi encaminhada a assembleia”, afirmou o ministro. Haddad sugeriu que a paralisação seja suspensa e o semestre letivo concluído para que as negociações sejam retomadas.
“Penso que a decisão foi equivocada. Não estou garantindo que as reivindicações serão atendidas, mas de que o diálogo vai se recolocado. Encerramos o semestre e depois se a proposta do governo não for convidativa que a greve seja retomada”, afirmou.
A Fasubra pede que o piso da categoria seja reajustado em pelo menos três salários mínimos. De acordo com a coordenadora geral da entidade, Léia Oliveira, hoje os servidores recebem R$ 1.034. Uma das reivindicações é que a próxima Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) traga a previsão do reajuste.
O risco, no caso de uma greve prolongada, é que o começo do próximo semestre fique comprometido, já que não há como processar as matrículas se as áreas administrativas estiverem fechadas.
Fonte: Agência Brasil
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