sábado, 21 de dezembro de 2013

A influência das tecnologias no segmento educacional

Os aparelhos portáteis com múltiplas funções, como smartphones e tablets, também chamados de gadgets, costumam consumir boa parte da atenção, concentração e esforço dos estudantes. Com relação às crianças, “os nativos digitais, que nasceram no século XXI, já dedicam boa parte do seu tempo para essas novas tecnologias. Mas, é preciso entender que elas devem ser utilizadas apenas como ferramentas para as práticas comunicacionais e não como condutoras da aprendizagem colaborativa”, considera o escritor e professor Marcus Garcia, organizador da série de livros A Escola No Século XXI.

Joana LimaTablets já dividem espaço com caderno e lápis em sala de aulaTablets já dividem espaço com caderno e lápis em sala de aula

Segundo o professor, a aprendizagem colaborativa valoriza a interação para o processo da construção do conhecimento e as ferramentas mais adequadas serão definidas pelos critérios metodológicos, orientação pedagógica e adaptação a cada realidade, considerando aspectos culturais e possibilidades econômicas. 

“Depois que a internet passou a ser uma mídia – disputando espaço com a televisão, o rádio, o cinema, as revistas e os jornais -, e com a inserção das redes sociais, blogues e mecanismos de busca, entre outros, é natural que ocorra uma transformação cultural”, afirma. “Tudo isso influenciou o comportamento da sociedade e o seu reflexo nas escolas foi rápido, mais do que a própria escola e seus agentes puderam absorver”, salienta. 

Para Marcus Garcia, a escola precisa se manter à frente no desafio de utilizar esses recursos digitais de forma articulada e correta. “A indústria da produção em massa cria aparelhos portáteis que são lançados no mercado a todo o momento. O estímulo do consumo é um cuidado que os educadores precisam entender como mediadores,facilitadores, promotores e articuladores das descobertas para o processo ensino-aprendizagem, apoiado por gadgets na convergência das mídias”, orienta.

Docentes e discentes precisam ainda, de acordo com o professor, compreender a nova linguagem de comunicação digital para utilizar de modo adequado no meio em que vivem. “Os projetos devem levar os estudantes a avaliar situações e os contextos encontrados nas mais diversas mídias de suporte”, explica.

Orientador de estudo

A utilização das tecnologias para alcançar resultados de uma pesquisa pode ser complementada por meios tradicionais, como cartazes, painéis e panfletos. “Os trabalhos mais bem desenvolvidos são os que ganharão destaque, mesmo que, pela ausência de ferramentas mais elaboradas para a pesquisa, tenham sido baseados em revistas, jornais e livros”, observa Marcus Garcia. 

Para ele, o docente tem o papel de guiar os estudantes para a transformação da realidade pelo olhar construtivo e crítico que todos precisam desenvolver na vida familiar, cívica, em sociedade e escolar. “Os gadgets, que constituem uma nova onda de aparelhos e softwares, não determinam como deve ser a educação. A missão do docente é ser um orientador de estudo para a aplicação de estratégias que melhor se insiram ao contexto social de suas turmas, independente da ferramenta”, ressalta.

Fonte:Tribuna do Norte

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