sábado, 7 de dezembro de 2013

OPINIÃO: EDUCAÇÃO, A BASE DE TUDO

O fato de a China ser hoje a segunda economia do mundo, ameaçando ultrapassar os Estados Unidos, chama a atenção da Educação como fonte e caminho para o desenvolvimento de um país. A política educacional como estratégia indutora do desenvolvimento mostra o rigor dos chineses com os estudos, a meritocracia, a adesão ao espírito e conceito de Albert Einstein, pelo qual o conhecimento resulta de 1% de inspiração e de 99% de transpiração, e o esforço das políticas públicas em favor da Educação de qualidade em massa. A lição que temos que aprender e que também nos ensinam o Japão, a Coreia, a Alemanha, entre outros, é que a Educação deve ser tratada com disciplina, tecnologia e inovação, mas que, mesmo em salas de aulas simples, sem maiores recursos tecnológicos, um bom Professor pode dar uma boa aula.
Afinal, boas Escolas elevam a qualidade da Educação, garantem melhor desempenho profissional e respondem pelo desenvolvimento econômico e social de um país. O investimento sistemático em Educação universal, com programas de excelência em todos os níveis, se constitui no pilar essencial para um país alcançar o desenvolvimento econômico e se tornar uma próspera sociedade industrial, a exemplo dos países já citados.
O governo federal anuncia mais investimentos em ciência e tecnologia e no Programa de Financiamento do Ensino Superior (Fies). Por meio do Programa Ciência sem Fronteiras, foi multiplicado por cinco o número de bolsas de estudo no exterior para os estudantes brasileiros nos próximos três anos, totalizando 101 mil bolsas, com o objetivo de expandir e internacionalizar a inovação e a competitividade da ciência e da tecnologia nacionais. São Alunos de graduação e pós-graduação que vão estudar com as grandes cabeças do mundo acadêmico internacional. É um salto qualitativo que precisamos avançar.
E mais: o Congresso Nacional aprovou e a presidente Dilma sancionou a lei que aplicará 75% dos royalties do petróleo na Educação e 25% na saúde, além de destinar 50% dos rendimentos dos royalties do Fundo Social do Pré-Sal para esses dois setores. O ministro Aloizio Mercadante anunciou em entrevista, em 11 de setembro, que a expectativa de recursos é de R$ 368 bilhões nos próximos 30 anos, podendo chegar a R$ 500 bilhões — meio trilhão de reais.
Com esses recursos, o desafio que o Ministério da Educação tem pela frente é se conscientizar da necessidade da economia de recursos para a expansão do Ensino superior público, desenvolvido pelo Programa de Expansão das Instituições Federação de Educação Superior e o Programa de Apoio a Planos de Reestruturação e Expansão das Universidades Federais (Reuni). Ali foram investidos mais de R$ 2 bilhões para criar cerca de 200 mil novas vagas.
Foram fundadas 14 novas universidades e 126 novos câmpus universitários públicos. Enquanto isso, as instituições de Ensino superior privadas contam com uma capacidade ociosa de 1,4 milhão de vagas. Anualmente, temos cerca de 900 mil Alunos que se formam no Ensino médio e não conseguem ingressar no Ensino superior. É o que mostra o Educador Renato Amaro Zângaro, chamando a atenção para o potencial das IES privadas para expandir o acesso ao Ensino superior de qualidade.
Apesar do investimento em instituições públicas, verifica-se que 75% dos Alunos são matriculados em instituições de Ensino superior privadas. São necessários avanços para a obtenção de investimentos públicos mais baixos, aproveitando-se a estrutura das instituições de Ensino superior privadas, a um custo menor do que investir em instituições de Ensino superior públicas.
E a Educação deve se enfatizar também no Ensino básico, na Alfabetização de adultos, no Ensino médio e no sentido técnico profissionalizante, este por intermédio do Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec), que visa ampliar, interiorizar e democratizar a oferta de cursos de Educação profissional e tecnológico.

Afinal, a Educação é a alavanca que o Brasil precisa para promover a inclusão e a justiça sociais do seu povo, elevar o nível de empregos, o nível de renda, a saúde e a segurança e, nunca é demais repetir, é a base de tudo.


Correio Braziliense (DF)

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