sábado, 7 de dezembro de 2013

Por que nossas crianças não querem ser cientistas?

Os dados do Pisa, avaliação internacional de estudantes feita pela OCDE em 65 países, são desanimadores para o Brasil.
Estamos mal em todas as áreas: matemática, leitura e ciência.
Dessas, a  área científica é a que mais preocupa. É em ciência em que vamos pior — e não melhoramos desde o último Pisa, de 2009 (leia mais aqui).
O Brasil em 59º lugar na lista da avaliação de ciência, atrás de países como Cazaquistão, Jordânia e Malásia.
Na minha tentativa de entender esses dados, conversei com uma especialista da PUC-SP, Ana Lúcia Manrique, que é coordenadora de uma pós-graduação em educação matemática, e ela fez uma pergunta bastante interessante:
“Por que os nossos alunos não querem ser cientistas?”
A especialista me lembrou que a curiosidade faz parte da infância. Ou seja: o gosto pela ciência é quase natural.
O problema é que a escola no Brasil é tão ruim que acaba tendo um efeito contrário. Ao invés de se apaixonarem por ciência, os meninos e meninas acabam se distanciando dela.
A física perde a beleza da astronomia, por exemplo, e vira aplicação de fórmulas. A biologia e a química são ensinadas na lousa e giz. Os alunos não colocam a mão na massa.
Quanto menos brasileirinhos interessados, apaixonados e se dando bem em ciência, menos  engenheiros, geólogos, biólogos, oceanógrafos teremos no futuro.
E, nossa, o Brasil carece demais desses profissionais.
Não é por acaso que China, Japão e Cingapura, berço da inovação da atualidade, estão no topo da lista de desempenho dos países em educação científica.

As crianças desses países, sim, querem ser cientistas. E as nossas?

Folha

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